FISIO MARCELO NEURO
ARTIGOS SOBRE FISIOTERAPIA NEUROLÓGICA
MAIS DE 50% DOS CASOS DE ALZHEIMER PODEM SER PREVENIDOS
DERRAME: COMO AGIR
1. Os sintomas
Um dor de cabeça súbita, que aparece do nada, é um dos possíveis indícios de derrame, não importa se isquêmico, aquele causado pelo entupimento de uma artéria do cérebro, ou hemorrágico, em que há a ruptura de um vaso na massa cinzenta.
2. Outros sinais de alerta
Alterações motoras ou sensoriais em apenas um lado do corpo podem denunciar um derrame. O indivíduo começa a sentir, de uma hora para outra, uma dormência em um dos braços, por exemplo.
3. Por que a boca entorta
4. Visão dupla
5. Fala prejudicada
7. Corrida contra o tempo
Tempo é tudo para preservar o cérebro do ataque provocado por um derrame. Assim, ganhar reles minutos diminui o risco de graves sequelas. A primeira providência nesse caso é correr e ligar para o número da emergência médica (192).
9. Nunca ofereça remédios à vítima de um AVC
Fonte: Revista Saúde É Vital
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SÍNDROME DE WEST
A FISIOTERAPIA NO TRATAMENTO DA PARALISIA CEREBRAL
Acontece durante a gestação, no momento do parto ou após o nascimento, ainda no processo de amadurecimento do cérebro da criança.
Mas se a visão ou a audição forem prejudicadas, a pessoa poderá ter dificuldades para entender as informações como são transmitidas; se os músculos da fala forem atingidos, haverá dificuldade para comunicar seus pensamentos ou necessidades. Quando tais fatos são observados, o portador de paralisia cerebral pode ser erroneamente classificado como deficiente mental ou não-inteligente.
É importante saber que o portador possui inteligência normal (a não ser que a lesão tenha afetado áreas do cérebro responsáveis pelo pensamento e pela memória).
As causas podem estar relacionadas a várias hipóteses, e como diagnosticada após alguns meses acaba sendo especulativa, mesmo havendo exames como Tomografia Computadorizada e Eletroencefalograma que auxiliam em muito no diagnóstico.
A classificação da "PC" é dada conforme a topografia da lesão e/ou disfunção motora. Podendo apresentar deficiência mental, epilepsia, disturbio visual, comportamento, de linguagem e/ou ortopédicos.
O tratamento consiste no controle das crises convulsivas e da espaticidade, das complicações que possam surgir sejam elas ortopédicas prevenindo contraturas e deformidades. Para que isso possa acontecer é necessário um trabalho médico, psicólogico e fisioterapêutico numa conduta interdisciplinar.
O tratamento da "PC" visa controlar as crises convulsivas, as complicações decorrentes das lesões e a prevenção de outras doenças, contraturas ou problemas.
O tratamento medicamentoso baseia-se no uso de anticonvulsivantes e psiquiátricos, quando necessários para obter controle dos distúrbios afetivos-emocionais e da agitação psicomotora.
O tratamento cirúrgico envolve cirurgias ortopédicas para corrigir deformidades e estabilizar a articulação, além de preservar a função e aliviar a dor.
A fisioterapia tem por objetivo: Inibir a atividade reflexa anormal normalizando o tônus muscular e facilitar o movimento normal, consequentemente melhorando a força, flexibilidade, amplitude de movimento (ADM), e as capacidades motoras básicas para a mobilidade funcional. As metas de um programa de reabilitação são reduzir a incapacidade, prevenir contraturas e deformidades e otimizar a função. Os alongamentos músculo-tendinosos devem ser lentos e realizados diariamente para manter a amplitude de movimento e reduzir o tônus muscular. Exercícios de grande resistência podem auxiliar no fortalecimento muscular, mas com as devidas precauções em pacientes com lesões centrais, pois reforçarão as reações tônicas anormais já existentes aumentando a espasticidade.
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ENXAQUECAS: DÚVIDAS FREQUENTES E ALGUNS MITOS
Por causa das diferenças hormonais. Antes da puberdade, meninos e meninas têm enxaqueca com as mesmas características. Depois da puberdade, as enxaquecas delas são mais intensas e frequentes, muitas vezes no período menstrual, mas podem ocorrer também no meio do ciclo.
Alimentos e bebidas podem desencadear enxaqueca?
A pressão alta pode causar dor de cabeça?
Sinusite provoca dor de cabeça?
Alterações da visão são causas de dor de cabeça?
Problemas no fígado causam dor de cabeça?
Batata gelada alivia a dor?
Na menopausa há melhora das crises?
Distúrbios da articulação temporomandibular podem causar enxaqueca?
Enxaqueca melhora na gravidez?
A enxaqueca tem cura?
Não, mas pode ser controlada e desaparecer um dia. Tratamentos corretos e eficientes podem reduzir a incidência, intensidade e duração das crises em mais de 90%. Com o passar do tempo e por mecanismos ainda controversos, as crises de dor podem desaparecer sozinhas.
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TIPOS DE DOR DE CABEÇA
I - CEFALÉIAS PRIMÁRIAS:
Enxaqueca:
Chega a afetar cerca de 20% das mulheres e de 5 a 10% da população masculina e é uma doença crônica frequentemente tratada como uma simples dor de cabeça, não chegando a receber os medicamentos específicos, mais eficazes. É uma doença neurovascular caracterizada por crises repetidas de dor de cabeça que podem ocorrer com uma frequência bastante variável: enquanto alguns pacientes apresentam poucas crises durante toda a vida, outros podem apresentar várias crises em um mês.Uma crise típica de enxaqueca caracteriza-se por dor que envolve metade da cabeça, piora com atividade física e, frequentemente, é acompanhada por náuseas, vômitos e desconforto com a exposição à luz e sons altos, podendo durar até dois dias. Pode ser acompanhada pela "aura", nome dado a um conjunto de sintomas neurológicos que chegam com o quadro de dor. Em geral, a aura se apresenta pouco antes da dor de cabeça e as alterações visuais mais comuns são falhas no campo visual, imagens brilhantes ou flashes de luz.Nem sempre o paciente apresenta todos os sintomas típicos de enxaqueca. Por isso, a avaliação médica é fundamental para excluir outras causas de dor de cabeça antes de dar início ao tratamento.Alguns fatores podem desencadear a crise de enxaqueca e variam para cada paciente. Entre eles, os mais comuns são estresse; sono prolongado; jejum; traumas cranianos; ingestão de certos alimentos como chocolate, laranja, comidas gordurosas e lácteas; privação da cafeína, nos indivíduos que consomem grandes quantidades de café durante a semana e não repetem a ingestão durante o fim de semana; uso de medicamentos vasodilatadores; exposição a ruídos altos, odores fortes ou temperaturas elevadas; mudanças súbitas da pressão atmosférica (voos em grandes altitudes); alterações climáticas; exercícios intensos; queda dos níveis hormonais que ocorre antes da menstruação.
Cefaleia tensional:
Entre as cefaleias primárias, a cefaleia do tipo tensional, em sua forma episódica, é a mais frequente. O diagnóstico é feito pelo exame clínico e geralmente não requer exames complementares. Em geral, a dor se caracteriza como uma sensação de aperto (não pulsátil), pressão ou peso envolvendo a cabeça como uma faixa ou capacete. Na maioria das vezes, a localização é bilateral, sendo a região occipital predominante. A intensidade pode ser leve ou moderada e, em geral, não impede as atividades rotineiras diárias. Não raro essa dor pode melhorar com atividade física ou relaxamento. Normalmente, não há sintomas associados como náuseas e vômitos. Atualmente, acredita-se que a cefaleia seja causada por alterações da bioquímica cerebral e não, como se pensava anteriormente, pela presença de contração de músculos pericranianos ou mesmo pela coexistência de ambos. Vários estudos sugerem a associação entre a cefaleia do tipo tensional e quadros de ansiedade e/ou depressão. Assim, as alterações emocionais, estresse psicossocial, tensão, ansiedade e depressão são encontrados com frequência nos pacientes que procuram atendimento médico devido ao agravamento da cefaleia.
Cefaleia em salvas:
Essa forma clínica de dor de cabeça foi conhecida como “cefaleia histamínica” ou “cefaleia de Horton”. O termo cefaleia “em salvas” foi estabelecido em 1979 no Brasil e se tornou a designação oficialmente aceita e recomendada pela Sociedade Brasileira de Cefaleia. É considerada rara se comparada aos outros tipos de dor primária, porém pode ser responsável por 6% do total de casos de dor de cabeça. É mais comum em homens, numa razão em torno de 3:1 e pode iniciar-se em qualquer idade, sendo mais comum o início na segunda ou terceira década de vida.É caracterizada por dor intensa, unilateral, geralmente em torno da órbita, durando de 15 minutos a três horas, se não tratada. Muitas vezes, é acompanhada por lacrimejamento, vermelhidão no olho, congestão nasal e queda da pálpebra do mesmo lado da dor. É caracterizada pela ritmicidade e por ser frequentemente noturna, acordando o paciente no meio da noite. O tratamento é feito durante a crise, ou seja, o período em que o indivíduo fica suscetível à dor, devendo ser suspenso no período livre de dor. O tratamento preventivo consiste em uma medicação que irá evitar o aparecimento da dor e deverá ser tomada regularmente. O importante é que o diagnóstico seja feito corretamente e as medidas terapêuticas sejam tomadas precocemente, evitando maior tempo de sofrimento para o paciente.
II - CEFALÉIAS SECUNDÁRIAS:
Fonte: Sociedade Brasileira de Cefaleia – http://www.sbce.med.br/
SOBRE ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL (AVC)
Sintomas
Recomendações
Fatores de risco
Fonte:
O PAPEL DA FISIOTERAPIA NO ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL
Quando acontece o AVC, o corpo do paciente sofre alterações importantes, tais como: dificuldade na movimentação normal, diminuição da força muscular e da coordenação motora, perda do equilíbrio, dificuldade para andar, dificuldade na fala e na deglutição e falta de sensibilidade, entre outras. Diante dessa nova situação, muitos pacientes que apresentam sequelas isolam-se em suas casas, pois estão preocupados com a reação que outras pessoas podem ter por causa da sua nova estética corporal.
Como primeira causa de mortalidade e incapacitação no mundo, o AVC merece grandes esforços de prevenção e tratamento rápido. Mas como enfrentar esse desafio? As primeiras medidas de tratamento do paciente com AVC estão a cargo do médico, que precisa intervir imediatamente, e em caráter de urgência, logo após o AVC.
Porém, há muito mais para se fazer depois dessa primeira intervenção médica. O tratamento do AVC em seus estágios iniciais evoluiu de maneira extraordinária na última década, mostrando que as lesões cerebrais secundárias a esse evento podem não ser tão permanentes como se acreditava anteriormente. Um curto período inicial de internação se faz necessário em muitos dos casos, mas o paciente deve retornar ao lar o mais rapidamente possível. Quase sempre, a essa altura, ele terá necessidade de reabilitação bem conduzida, para evitar a instalação de graves sequelas.
A fisioterapia pode contribuir, e muito, para minimizar ou até mesmo eliminar por completo a maioria dessas sequelas. Antes de qualquer coisa, deve-se detectar a causa do AVC e, em seguida, começar a trabalhar na resolução desse novo desafio. Tão logo o paciente esteja estável e ciente de sua situação e da extensão de suas sequelas, deve-se iniciar o atendimento de fisioterapia. O programa fisioterápico precoce, intensivo, eficaz, é sempre necessário, importante e, principalmente, capaz de prevenir as possíveis complicações, aumentando assim, a expectativa e a qualidade de vida do paciente.
A reabilitação após o AVC significa ajudar o paciente a usar plenamente toda sua capacidade, a reassumir sua vida anterior, adaptando-se à sua atual situação. Essa reabilitação consiste na aplicação de um programa planejado, através do qual a pessoa, no pós-AVC, ainda convalescente, mantém ou progride para o maior grau de independência.
O fisioterapeuta começará por atividades simples de movimentação de ambos os lados do corpo. Essa atividade inicial é muito importante, pois só assim o paciente terá maior segurança ao tentar movimentar-se. Serão realizados exercícios para fortalecer os músculos e também para alongá-los, treino de equilíbrio e vários estímulos para recuperar a sensibilidade.
Muitas das atividades iniciais, com o passar dos dias e com a melhora do paciente, serão modificadas para um novo desafio, fazendo com que o paciente possa progredir até sua recuperação. Um aspecto extremamente importante é estimular o paciente a ter o máximo de independência para realizar as suas atividades diárias, das mais simples às mais difíceis.
Outro aspecto importante a ser enfatizado é a dificuldade de aceitação, pelo paciente e também pela família, de que o tratamento é um processo lento e gradual de aprendizagem. Observamos também que o tempo para a reabilitação, parcial ou total, está relacionado com a lesão, o grau das sequelas do AVC e outros agravantes, como, por exemplo, a presença de quadro depressivo.
Estratégias e orientações ao paciente pós-AVC:
Promover a movimentação e a reabilitação do paciente o mais precocemente possível, logo que a situação clínica o permita.
Envolver o pacientes e a família no processo de reabilitação.
Os programas de informação estruturados são, sem dúvida, uma necessidade para os pacientes com AVC e para os seus familiares, ou seja, quanto mais esclarecidos estiverem, melhor será a sua participação e, consequentemente, melhor sua adesão ao tratamento e seu prognóstico. Para finalizar, é importante lembrar que a equipe de assistência ao paciente com AVC deve contar com médicos, fisioterapeutas, psicólogos, enfermeiros, assistentes sociais, nutricionistas, terapeutas ocupacionais e fonoaudiólogos. Só desta maneira, teremos melhor efetividade e eficácia no tratamento pós-AVC.
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O QUE É FISIOTERAPIA NEUROLÓGICA?
Diversas são as patologias neurológicas que podem ser tratadas pela fisioterapia. Dentre elas, as mais comuns:
Hemiplegia: Ocorre geralmente após um acidente vascular encefálico (Derrame Cerebral) onde o individuo geralmente fica com um lado do corpo paralisado.
Tratamento Fisioterápico: A reabilitação na hemiplegia é iniciada logo após o acidente vascular para fazer com que o paciente saia da cama e consiga realizar suas atividades mais independentemente possível.
A participação ativa do paciente é fundamental com o fisioterapeuta, para que ele possa aprender a controlar sua musculatura e movimentos anormais.
Doença de Parkinson: O paciente apresenta: tremor, bradicinesia (lentidão dos movimentos), rigidez muscular, alterações posturais e quedas freqüentes.
Tratamento Fisioterápico: O principal objetivo nesta patologia é trabalhar alongamento para melhorar amplitude do movimento, alinhar e melhorar a postura, treinar a marcha (com oscilação dos membros superiores), estimular reações de equilíbrio, treinar sentar e levantar de cadeiras, extensão e rotação do tronco. Os exercícios específicos e regulares são de fundamental importância para manter o paciente forte, flexível e funcional.
Polineuropatia: Refere-se aos obstáculos em que os nervos periféricos são afetados por um ou mais processos patológicos, levando-os á incapacidade motora.
Tratamento Fisioterápico: Na polineuropatia iniciaremos com cuidados respiratórios, controle de dor, fortalecimento muscular, treino de equilíbrio e adaptações às possíveis incapacidades do paciente.
Traumatismo Craniano: Depois de algum trauma, o cérebro quando lesado pode levar o paciente ao coma, déficits físicos e incapacidade.
Tratamento Fisioterápico: A prevenção de contraturas, a manutenção da função respiratória, a diminuição da elasticidade, a melhora da amplitude de movimento, a normalização de movimento e do tônus postural e o reforço das habilidades remanescentes serão as prioridades neste caso.
Paralisia cerebral: O paciente, em geral pediátrico, apresenta variações no tônus, problemas na coordenação da postura e nos movimentos. Suas atividades são baseadas no uso da mobilidade anormal, tornando-se cada vez mais limitadas.
Tratamento Fisioterápico: Usaremos aqui o desenvolvimento dos padrões de coordenação de movimento da criança normal. Facilitaremos o movimento combinado com inibição em situações funcionais em sua vida diária. Através dessas atividades, a criança tem a experiência de sensação de um movimento.
Vale acrescentar que os métodos de fisioterapia são cada vez mais valorizados pelos pacientes e por profissionais de saúde em geral. Na prática, a Fisioterapia Neurofuncional é aplicada com base em vários dos métodos de tratamento. É comum que o fisioterapeuta selecione técnicas específicas de diversos métodos de tratamento aplicando-as de acordo com as necessidades de seus pacientes.
Também se observa um enorme grau de liberdade criativa baseado nos conceitos gerais de cada método e na competência e profissionalismo de cada fisioterapeuta. Considerando-se que, seja qual for o método, o objetivo geral é promover o aprendizado ou reaprendizado motor desenvolvendo nos pacientes a capacidade de executar atividades motoras o mais próximo possível do normal.
De qualquer forma, não se pode esquecer que um fisioterapeuta capaz de estabelecer uma boa relação terapeuta X paciente, pode operar milagres no processo de recuperação de seu paciente neurológico.