TIPOS DE DOR DE CABEÇA

Existem mais de 150 tipos diferentes de cefaléia (nome científico para dor de cabeça), os quais são divididos em dois grupos:
Cefaleias primárias: são as mais comuns, como a famosa enxaqueca. Têm como causa distúrbios bioquímicos do cérebro, que prejudicam o funcionamento de neurotransmissores e/ou de seus receptores, desencadeando a dor. Elas não são sintoma de outra doença, são a própria doença e também o sintoma.
Cefaleias secundárias: são causadas por outros problemas ou doenças, que vão de um simples resfriado até tumores cerebrais e aneurismas.

I - CEFALÉIAS PRIMÁRIAS:
Entre as principais cefaleias primárias, destacam-se:

Enxaqueca:
Chega a afetar cerca de 20% das mulheres e de 5 a 10% da população masculina e é uma doença crônica frequentemente tratada como uma simples dor de cabeça, não chegando a receber os medicamentos específicos, mais eficazes. É uma doença neurovascular caracterizada por crises repetidas de dor de cabeça que podem ocorrer com uma frequência bastante variável: enquanto alguns pacientes apresentam poucas crises durante toda a vida, outros podem apresentar várias crises em um mês.Uma crise típica de enxaqueca caracteriza-se por dor que envolve metade da cabeça, piora com atividade física e, frequentemente, é acompanhada por náuseas, vômitos e desconforto com a exposição à luz e sons altos, podendo durar até dois dias. Pode ser acompanhada pela "aura", nome dado a um conjunto de sintomas neurológicos que chegam com o quadro de dor. Em geral, a aura se apresenta pouco antes da dor de cabeça e as alterações visuais mais comuns são falhas no campo visual, imagens brilhantes ou flashes de luz.Nem sempre o paciente apresenta todos os sintomas típicos de enxaqueca. Por isso, a avaliação médica é fundamental para excluir outras causas de dor de cabeça antes de dar início ao tratamento.Alguns fatores podem desencadear a crise de enxaqueca e variam para cada paciente. Entre eles, os mais comuns são estresse; sono prolongado; jejum; traumas cranianos; ingestão de certos alimentos como chocolate, laranja, comidas gordurosas e lácteas; privação da cafeína, nos indivíduos que consomem grandes quantidades de café durante a semana e não repetem a ingestão durante o fim de semana; uso de medicamentos vasodilatadores; exposição a ruídos altos, odores fortes ou temperaturas elevadas; mudanças súbitas da pressão atmosférica (voos em grandes altitudes); alterações climáticas; exercícios intensos; queda dos níveis hormonais que ocorre antes da menstruação.

Cefaleia tensional:
Entre as cefaleias primárias, a cefaleia do tipo tensional, em sua forma episódica, é a mais frequente. O diagnóstico é feito pelo exame clínico e geralmente não requer exames complementares. Em geral, a dor se caracteriza como uma sensação de aperto (não pulsátil), pressão ou peso envolvendo a cabeça como uma faixa ou capacete. Na maioria das vezes, a localização é bilateral, sendo a região occipital predominante. A intensidade pode ser leve ou moderada e, em geral, não impede as atividades rotineiras diárias. Não raro essa dor pode melhorar com atividade física ou relaxamento. Normalmente, não há sintomas associados como náuseas e vômitos. Atualmente, acredita-se que a cefaleia seja causada por alterações da bioquímica cerebral e não, como se pensava anteriormente, pela presença de contração de músculos pericranianos ou mesmo pela coexistência de ambos. Vários estudos sugerem a associação entre a cefaleia do tipo tensional e quadros de ansiedade e/ou depressão. Assim, as alterações emocionais, estresse psicossocial, tensão, ansiedade e depressão são encontrados com frequência nos pacientes que procuram atendimento médico devido ao agravamento da cefaleia.

Cefaleia em salvas:
Essa forma clínica de dor de cabeça foi conhecida como “cefaleia histamínica” ou “cefaleia de Horton”. O termo cefaleia “em salvas” foi estabelecido em 1979 no Brasil e se tornou a designação oficialmente aceita e recomendada pela Sociedade Brasileira de Cefaleia. É considerada rara se comparada aos outros tipos de dor primária, porém pode ser responsável por 6% do total de casos de dor de cabeça. É mais comum em homens, numa razão em torno de 3:1 e pode iniciar-se em qualquer idade, sendo mais comum o início na segunda ou terceira década de vida.É caracterizada por dor intensa, unilateral, geralmente em torno da órbita, durando de 15 minutos a três horas, se não tratada. Muitas vezes, é acompanhada por lacrimejamento, vermelhidão no olho, congestão nasal e queda da pálpebra do mesmo lado da dor. É caracterizada pela ritmicidade e por ser frequentemente noturna, acordando o paciente no meio da noite. O tratamento é feito durante a crise, ou seja, o período em que o indivíduo fica suscetível à dor, devendo ser suspenso no período livre de dor. O tratamento preventivo consiste em uma medicação que irá evitar o aparecimento da dor e deverá ser tomada regularmente. O importante é que o diagnóstico seja feito corretamente e as medidas terapêuticas sejam tomadas precocemente, evitando maior tempo de sofrimento para o paciente.

II - CEFALÉIAS SECUNDÁRIAS:
Os pacientes frequentemente associam sua dor à possibilidade da existência de uma doença potencialmente grave, como tumor ou aneurisma intracraniano. As cefaleias secundárias fazem parte do conjunto de sintomas de uma doença qualquer, seja esta do sistema nervoso central ou sistêmica. As cefaleias secundárias mais frequentes são as associadas à ressaca alcoólica e a processos febris comuns como as infecções das vias aéreas superiores (rinossinusites, faringites, amigdalites, etc.). Entre as patologias graves que determinam cefaleia secundária, incluem-se as hemorragias cerebromeníngeas, as meningites, os tumores cerebrais e os hematomas intracranianos. Embora as dores de cabeça na sua grande maioria sejam primárias, o risco representado por algumas cefaleias secundárias justifica a preocupação de pacientes e médicos. Lembrando que apenas o profissional de saúde especificamente treinado poderá oferecer tratamento adequado à sua dor de cabeça, algumas orientações podem ser úteis. Você deve ficar atento e consultar um neurologista quando:
1. Apresenta dor forte de início súbito, principalmente se acompanhada de vômitos, tonturas, alterações da consciência, convulsão;
2. A dor se associa a transtornos neurológicos, como rigidez de nuca, dificuldades para falar, fraqueza ou alterações de sensibilidade em braço, perna ou face; a dor se associa à febre; trata-se da “pior dor já experimentada pelo paciente”;
3. A dor se iniciou após os 50 anos;
4. A dor tem caráter progressivo, não respondendo mais a analgésicos; houver aparecimento de uma dor de cabeça nova e diferente daquela já experimentada pelo paciente;
5. O paciente encontra-se em tratamento de algum tipo de câncer ou de síndrome de imunodeficiência adquirida;
6. Há história de queda ou trauma de crânio recente.

Fonte: Sociedade Brasileira de Cefaleia –
http://www.sbce.med.br/

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Um comentário:

  1. ...ENXAQUECA * CEFALÉA * DOR DE CABEÇA
    Sou terapeuta em REFLEXOLOGIA,
    pelo IOR, 73 anos de idade com 40 anos dedicados ao estudo e pesquisa do comportamento humano. Tenho atendido vários portadores de ENXAQUECA, (DÔRES DE CABEÇA MUITO INTENSA).
    Recebendo as técnicas da REFLEXOLOGIA, o Paciente consegue obter ótimos resultados; que proporcionarão assim uma excelente melhora em sua qualidade de vida.
    A REFLEXOLOGIA consiste em ativar pontos específicos nos pés, desbloqueando canais
    de comunicação com o cérebro, para que este
    possa agir, corrigindo assim o problema.
    Não tem contra indicação para estes
    casos e não usa medicamentos
    Visite meu Site: www.djalma.com.br
    São Paulo SP ( Metrô Santana) BRASIL. :.

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